A relação estabelecida entre pais e filhos desde os primeiros momentos da vida da criança é, sem dúvida, muito importante para o seu desenvolvimento global. A formação psíquica do sujeito é estabelecida na infância, assim como valores, questões éticas e morais. Entretanto, essa formação não é cristalizada, mas se torna mais trabalhoso, com o passar do tempo, realizar certas intervenções.

O processo de educar é um universo repleto de subjetividade, uma vez que quando se é cuidado pelos pais, uma mãe ou pai solo ou até mesmo os cuidadores de crianças que se encontram em caso de adoção, o adulto de maior referência e atuação apresenta o seu vivido àquele sujeito. Atualmente, temos diferentes fontes e modelos para busca de pesquisa e estudos referentes ao processo de educação, mas nenhum destes métodos e livros têm o recurso da compreensão da subjetividade entre cuidadores e criança.

Compreendo que cada ser humano é único e tão antigo quanto em sua forma atual. Não existe manual para criar os filhos, mas atrevo-me a afirmar que existem técnicas e métodos que contribuem para isso, enfatizando a importância da presença do terapeuta, uma vez que este intervém na identificação e na descrição de qual é o instrumento ideal para determinadas relações e seus contextos social, cultural, e do ambiente. Desse modo, o trabalho perpassa a possibilidade do recurso egóico dos pais para promover uma saúde mental para a criança. A psicoterapia elucida e traz elementos fundante para o fortalecimento do vínculo a fim de promover um apego seguro.