Assim, percebemos que, antes mesmo da chegada, os filhos já suscitam – por todos os motivos que permearam o processo da gestação biológica ou da fila de espera – os afetos psicológicos dessa nova função, o controle da ansiedade, medos e insegurança pelo receio da recusa pelo filho. Como adequar uma nova vida em uma, duas e de algumas outras vidas? Quando uma criança nasce muitas vidas se transformam, mas é somente no encontro e nos desencontros que a construção desse vínculo será firmada. Ter um filho aceito pela família ou adequado à família? A escolha do perfil normalmente aponta para uma polêmica sobre aquilo que pode-se dar conta, ou seja, traça-se um paralelo que parte da expectativa e do que, de fato, é a realidade de cada adotante. Por fim, trago a frase do autor Luiz Schettini Filho: “Diferente é a história e não o amor. Incomuns são as circunstâncias e não o afeto.”