Quais motivos te levaram ao desejo de adotar? Adotei e agora? Em qualquer tempo é possível que a dúvida apareça. Nesse caso, é fundamental ter um apoio profissional perante as dificuldades apresentadas, pois isto favorece o desenvolvimento do processo. A espera de um filho biológico encontra-se na previsão do tempo cronológico. Entretanto, a chegada de um filho adotado tem o “nascimento” na família sempre como uma surpresa, mas regado de alegria com relação à chegada. Dessa forma, promove-se momentos de descobertas, construção de vínculos, afetos e segurança para todos. É importante conciliar as dificuldades com o real desejo que levou à adoção para, assim, receber um filho que foi concebido na família de forma diferente, mas que é amado e desejado desde a decisão.

Assim, percebemos que, antes mesmo da chegada, os filhos já suscitam – por todos os motivos que permearam o processo da gestação biológica ou da fila de espera – os afetos psicológicos dessa nova função, o controle da ansiedade, medos e insegurança pelo receio da recusa pelo filho. Como adequar uma nova vida em uma, duas e de algumas  outras vidas? Quando uma criança nasce muitas vidas se transformam, mas é somente no encontro e nos desencontros que a construção desse vínculo será firmada. Ter um filho aceito pela família ou adequado à família? A escolha do perfil normalmente aponta para uma polêmica sobre aquilo que pode-se dar conta, ou seja, traça-se um paralelo que parte da expectativa e do que, de fato, é a realidade de cada adotante. Por fim, trago a frase do autor Luiz Schettini Filho: “Diferente é a história e não o amor. Incomuns são as circunstâncias e não o afeto.”

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